A presença dos países nórdicos no desenvolvimento sustentável
Desde a Era Viking (800 a 1050 d.C) os países nórdicos adquiriram laços históricos que contribuíram para a modelagem da sociedade escandinava. Apesar dos conflitos e disputas de poder a cultura comum auxiliou a formação de uma linguagem regional que favoreceu a ascensão de um sentimento de solidariedade, ou seja, aguçou-se a ideia de que a proximidade é boa politicamente.
Em 1952, o sistema internacional permanecia obscuro e carente de mecanismos capazes de estimular a cooperação internacional, e nesta perspectiva os governos da Dinamarca, Noruega, Suécia e Islândia resolveram criar o Conselho Nórdico uma organização interparlamentar de cooperação. Entre os benefícios pode-se citar: o mercado de trabalho nórdico comum, a união de passaportes nórdico, precursora do atual acordo de Schengen, e a Convenção Nórdica de Seguridade Social.
Os Estados nórdicos são pioneiros na pauta de crescimento econômico e redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), pois conseguiram alcançar o patamar de 9% de redução de emissões com aumento de 55% do Produto Interno Bruto (PIB)Total na faixa de 1990 a 2011. A atribuição de sucesso faz parte da política de cooperação climática nórdica que busca promover o crescimento econômico sustentável e a geração de empregos.
No quesito ambiental os atores prezam pela utilização de instrumentos na regulação da economia e do meio ambiente, geralmente a aplicação de impostos, por meio de uma cooperação consensual entre os entes sociais, e no plano externo a atuação é feita por meio de programas específicos como a Corporação Financeira Nórdico Ambiental (NEFCO) cuja responsabilidade abrange o financiamento de projetos verdes de crescimento.
No quesito energia o principal fator de destaque é o mercado comum nórdico de eletricidade que constitui a maior macrorregião energética integrada do mundo que atualmente corresponde a 25 anos à frente do mundo em termos de intensidade de carbono. A cooperação depende do alto grau de confiança entre os países, e é feita por meio da articulação de sistemas energéticos sustentáveis, ou seja, se o vento sopra na Dinamarca a Noruega e Suécia podem contar com isso, e de forma semelhante quando a energia da biomassa ou hídrica é abundante em outras áreas os outros parceiros podem obter seus benefícios.